A implantação do modelo opt out do Cadastro Positivo poderá injetar cerca de R$ 1,1 trilhão na economia e incluir mais de 22 milhões de brasileiros no mercado de crédito. Esses números foram divulgados em estudo da Serasa Experian, que também revelou que a adesão automática ao cadastro poderá beneficiar com juros mais baixos 74% da população adulta que possui acesso a crédito.
Considerando esses fatores, ele poderá aumentar 0,54 ponto percentual ao ano em média a taxa de crescimento do PIB.
Ao possibilitar ao credor conhecimento do risco real dos empréstimos, a taxa de juros cobrada nas operações cai.
No opt out, como abordei no post anterior, a adesão é automática, havendo possibilidade de saída se essa for a vontade do consumidor. Em dezembro do ano passado, mês de divulgação do estudo, a relação crédito e PIB estava em pouco mais de 50%. Com a adoção do opt out no Cadastro Positivo, considerando a demanda potencial de R$ 1,1 trilhão, a relação ultrapassará 67%, crescimento acima de 17 pontos percentuais.
Os 22 milhões de brasileiros que passariam a existir para o mercado de crédito possuem atualmente escore baixo, razão pela qual não são aprovados na análise de crédito feita pelos credores. A pontuação baixa não se deve à existência de negativação, mas à insuficiência de informação sobre esses consumidores. Se passassem a fazer parte do Cadastro Positivo, provavelmente conseguiriam crédito, pois suas informações trariam conhecimento a respeito do consumidor, motivando assim o crescimento do escore.
O Cadastro Positivo, além de verificar histórico de endividamento do cidadão e a forma como ele paga suas dívidas, também analisa os compromissos assumidos ainda a vencer com as empresas. Valoriza assim os fatos positivos, como os pagamentos honrados, e não somente as eventuais dívidas não pagas.
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Por: Elias Sfeir Presidente da ANBC & Membro do Conselho Climático da Cidade de São Paulo & Conselheiro Certificado