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A nova fronteira da tecnologia da informação

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Com a redução da mobilidade e a imposição da eficiência na comunicação, a pandemia estabeleceu uma aceleração tecnológica sem precedentes criando plataformas e aplicações para suprir esta necessidade e fortalecendo ainda mais a nova fronteira tecnológica, que começou a ser demarcada antes da covid-19.

Uma pesquisa da Accenture ouviu mais de 4 mil executivos de diversas partes do mundo para saber como as empresas estão investindo e gerando valor por meio da tecnologia da informação. Como previsto, constatou-se que, entre 2019 e 2021, cresceu o uso de recursos da fronteira tecnológica.  A taxa de utilização de recursos de computação em nuvem passou, por exemplo, de cerca de 80% para mais de 95%. Já taxa de utilização de ferramentas de big data e analytics passou de cerca de 85% para 95%.”

No entanto, a principal descoberta foi outra: para algumas empresas, a atualização tecnológica apenas garantiu a sobrevivência; para outras, garantiu reposicionamento mercadológico, representando uma oportunidade de liderança. Entre as líderes e as intermediárias mais bem posicionadas, três estratégias tiveram destaque: adoção de tecnologia em nas várias fases da operação, inovação nos processos e requalificação dos colaboradores.

O resultado foi que as empresas líderes no uso de tecnologia e inovação cresceram suas receitas, na média, cinco vezes mais do que as retardatárias no uso desses recursos. A pesquisa mostra ainda que esse gap vem se ampliando: na sondagem de 2019, as empresas líderes cresciam a uma velocidade duas vezes maior que as retardatárias.

Cada vez mais, a Computação em nuvem, a Inteligência Artificial, as ferramentas de Big Data e Machine Learning, entre outras tecnologias emergentes, que estão na iminência de serem impulsionadas pela chegada do 5G no Brasil, deixam de ser conceitos distantes e passam a integrar a visão estratégica das empresas. E, mesmo que passe despercebido para o consumidor, esse arsenal tecnológico está cada vez mais presente no seu dia a dia – por exemplo, por meio do direcionamento de anúncios na internet.

Entendendo a importância dessas ferramentas, o setor de birôs de crédito brasileiro tem investido maciçamente  em tecnologia da informação. O trabalho vai além do aporte de recursos: os investimentos ocorrem em um ambiente de estímulo ao desenvolvimento de soluções inovadoras e de valorização profissional, com recrutamento de especialistas e investimentos na formação de cientistas de dados e desenvolvedores.

Nos últimos anos, uma grande iniciativa dos birôs foi a criação de laboratórios de inovação com o objetivo de identificar tendências, abrir novas frentes de negócios e melhorar a experiência de seus clientes – consumidores e empresas. As parcerias e aquisições também estão no rol de ações para manter o setor na fronteira tecnológica. Essas iniciativas vêm desde muito antes da pandemia: na verdade, o emprego da tecnologia está no DNA dos birôs, que atuam como redes de informação e análise preditiva para apoiar a tomada de decisão.

A abertura para novas tecnologias, o conhecimento sobre o negócio do crédito e a cultura da inovação formam o tripé que possibilita a ampliação do portfólio de serviços oferecidos pelos birôs e a adequação do setor à digitalização. Os serviços de consulta por aplicativos, de renegociação de dívidas, de prevenção a fraude e de comparação de ofertas de crédito são componentes dos elementos desse tripé.

Menos visível, mas igualmente importante, é o desenvolvimento de análises relativas à propensão ao consumo e à capacidade de endividamento, além de investimentos no aperfeiçoamento da tradicional nota de crédito (score).  Quanto mais dados relevantes, e quanto mais recursos para transformá-los em informação útil à tomada de decisão, maior a capacidade das diversas categorias e portes de credores ampliarem a análise de risco, otimizarem e expandirem a oferta de crédito, mantendo a inadimplência sob controle.

Em suma, com o objetivo de contribuir para um mercado de crédito mais sólido e eficiente, os birôs colocam os mais avançados recursos de tecnologia da informação a serviço da democratização do crédito . Para o setor, a implementação tecnológica vai muito além de uma estratégia de sobrevivência: aliado a uma cultura de inovação, o investimento em tecnologia tem potencial transformador, trazendo retorno para as empresas e externalidades positivas para a sociedade.

 

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elias sfeir

 

Por: Elias Sfeir Presidente da ANBC & Membro do Conselho Climático da Cidade de São Paulo & Conselheiro Certificado

 

 

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