Dados municiaram empresários, consumidores e governo com informações imprescindíveis para a tomada de decisões financeiras
Somente no ano passado, ao menos 338 estudos foram produzidos pelos birôs de crédito que atuam no mercado brasileiro. Esse número elevado de pesquisas, estudos e análises demonstra um papel importante do setor que é o da geração de dados. Por meio desse mapeamento do ambiente econômico, os birôs proporcionam às empresas, aos consumidores e ao governo informações indispensáveis na tomada de decisões financeiras mais acertadas, bem como proposições legislativas.
A finalidade de um birô de crédito é fazer com que haja transparência na relação entre credor e tomador de crédito e, para que isso ocorra, ambos precisam ter informações confiáveis. Para isso, devem saber – e ser atualizados constantemente – sobre inadimplência, crédito, grau de confiança, pagamentos, compras, fraude, comércio e desempenho da atividade econômica, que são justamente aqueles abordados nas pesquisas.
A inadimplência, aliás, é o assunto que mais aparece nesses levantamentos, com mais de 60 estudos. Os birôs de crédito têm seus próprios indicadores que apontam a inadimplência no país. Essa informação é relevante como por exemplo, ao governo porque pode servir como um estímulo à formulação de políticas públicas dedicadas a combater esse problema, que atinge especialmente as gerações mais jovens, como demonstrado em pesquisa recente da ANBC (Associação Nacional dos Bureaus de Crédito). Quatro em cada dez brasileiros endividados pertencem às gerações Z e Y (até 37 anos). Ainda de acordo com o estudo, 32% da geração Z, faixa de idade entre zero e 21 anos com população total de 13,8 milhões, está inadimplente, o que equivale a 4,4 milhões de endividados. Já na geração seguinte, a Y, com faixa de idade entre 22 e 37 anos e que concentra 51,5 milhões de pessoas, a situação é pior, com percentual de endividados de 40%.
Do ponto de vista do empresário, o indicador de inadimplência representa uma fonte valiosa para justificar a tomada decisões. Ao lado de outros indicadores, como o de atividade econômica e o de confiança, também medidos pelos birôs, o empresário tem condições de avaliar melhor uma decisão sobre, por exemplo, a expansão de suas atividades.
O microempreendedor individual teve atenção especial por parte dos birôs em 2018, ano em que houve enorme crescimento dessa modalidade. O número de empresas criadas nesse regime de tributação fez com que o Brasil batesse recorde. Nunca houve tantos MEIs como agora.
O motivo principal para essa evolução é o alto desemprego. Com a dificuldade de encontrar um emprego formal, o brasileiro passou a recorrer ao negócio próprio, o chamado empreendedorismo por necessidade.
Nos estudos promovidos pelos birôs, além dos dados, também são apresentadas análises, geradas por corpo técnico de alto nível formado por economistas e estatísticos.
Neste ano, a situação não é diferente e a agenda de geração e divulgação de dados já foi iniciada. Nessa época do ano, um dos objetivos é medir a capacidade de pagamento do consumidor em relação às contas de início de ano como tributos e, para quem tem filhos, material escolar.
A economia faz o país girar, e os birôs de crédito são agentes fundamentais na geração e análise de informações, colaborando para um ambiente econômico transparente e saudável.
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