Com a digitização das informações iniciada na década de 60, o volume de dados cresceu exponencialmente. Os dados também aceleraram as mudanças, que, por sua vez, criaram fontes de dados e demandaram velocidade na tomada de decisões. Nesse ambiente, a rapidez na tomada de decisões se tornou diferencial competitivo. Com o volume crescente de dados e demanda por velocidade, os algoritmos (Analytics) confirmaram sua importância na nova arena socioeconômica. Os birôs de crédito, cuja proposta de valor é fornecer ferramentas de avaliação de crédito, adotaram Analytics, ampliaram seu escopo de serviços e passaram a oferecer soluções de impacto também nos resultados finais das empresas.
A área de Analytics tem sido um dos maiores investimentos dos birôs em inovação. Agrega computação, tecnologia, ciência de dados, matemática, estatística e negócio, tendo como inputs o conhecimento do negócio e do mercado; a tecnicidade da modelagem; e o conhecimento de tecnologia. A fusão dessas grandes áreas nessa estrutura chamada Analytics permite que o birô encontre um canal continuado de inovação. E a tradução disso são as novas respostas, os novos produtos e soluções que vêm sendo desenvolvidos e colocados no mercado.
Objetivamente, analíticos são conjuntos de modelos matemáticos traduzidos em softwares e programas de computador, sob a forma de algoritmos. Os analíticos permeiam do início ao fim a atividade do birô, desde a aquisição, armazenamento, transformação dos dados, até o processo de modelagem e o efetivo retorno das notas de crédito ao mercado. E são milhões de dados ou milhões de variáveis avaliadas.
Essa nova forma de se fazer Analytics viabiliza escores como o de renegociação de dívida, anti-churn, entre outros, permeando as atividades dos ecossistemas de negócio dos clientes, que se baseiam nos dados que as pessoas deixam no celular, na internet, em qualquer recurso digital, e que os birôs conseguem traduzir em escore.
Com a introdução do Cadastro Positivo e de novas fontes de dados, o uso dos analíticos permitiu viabilizar uma gama enorme de novos escores, além da tradicional nota de crédito para pessoas físicas e jurídicas. Essa evolução no mundo de Analytics permite aos nossos clientes e ao mercado de crédito nacional atingir novos patamares, reduzindo inadimplência e fraude, aumentando a transação e a volumetria das suas carteiras.
A tomada de decisão voltada à obtenção de resultado financeiro também é terreno fértil para a atuação dos birôs no cenário atual. Quando se fala em desenvolver inteligência para, por exemplo, ajudar os clientes a identificar quem é mais apto a fazer determinado investimento, essa é uma expansão da atividade do birô, que passa a fornecer escore para investimento. Mas também é possível criar escore para seguros ou para a propensão ao consumo de determinados produtos. Isso traduz o negócio do birô, sua contribuição para o cenário econômico nacional, sua capacidade de impactar a economia de diversos segmentos, varejo, indústria, serviços, empresas de todos os portes, incluindo as fintechs que surgem como possibilidades de consumo e uso.
Uma característica importante do mundo de Analytics é que ele é darwinista, pois evolui naturalmente e se adapta às novas realidades e às demandas do mercado. Assim, nós encontramos novas aplicações, novas formas de fornecer inteligência aos nossos clientes para seu processo de decisão, considerando o volume de dados e necessidade de rápida tomada de decisão. Hoje, além da estrutura de microsserviços, temos novos relatórios, tudo disponibilizado em nuvem para os clientes, o que nos permite agregar em um mesmo relatório uma família toda nova de escores, uma família toda nova de análises. Dessa forma, o modelo de negócio evolui, com Analytics trazendo uma nova dinâmica socioeconômica.
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Por: Elias Sfeir Presidente da ANBC & Membro do Conselho Climático da Cidade de São Paulo & Conselheiro Certificado