Entidade leva experiência local – no uso de dados responsáveis para ampliar o acesso ao crédito – ao debate internacional
O presidente da Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC), Elias Sfeir, será o único representante brasileiro no encontro anual da Associação de Fornecedores de Informação de Crédito ao Consumidor (ACCIS), que será realizado de 21 a 23 de maio, em Amsterdã, na Holanda. O evento reúne autoridades, reguladores e executivos de entidades de crédito da União Europeia e demais países para debater temas estruturantes do setor, como inovação, regulação, proteção de dados e inclusão financeira.
Sfeir participará como palestrante do painel “Informações de crédito em um labirinto regulatório”, que discutirá os desafios impostos pelo avanço das legislações de proteção de dados, o equilíbrio entre privacidade e acesso à informação e o papel estratégico dos birôs de crédito na construção de um mercado mais eficiente, transparente e seguro.
“A troca de boas práticas com entidades da Europa é uma oportunidade de aprendizado e de contribuição. O Brasil tem evoluído significativamente no uso de dados responsáveis para ampliar o acesso ao crédito. Nosso modelo legislativo, que permite a participação da sociedade em frentes parlamentares como instrumentos para aprimorar o processo legislativo e as políticas públicas, é diferenciado e inspirador. Levar essa experiência de democratização do crédito ao debate internacional é essencial para fortalecer nosso papel como referência no setor”, afirma Sfeir.
A presença do executivo reforça a atuação ativa da ANBC na agenda global sobre crédito e dados. Sfeir também integra fóruns internacionais como o Comitê de Crédito do Banco Mundial, além de representar o país em entidades como a própria ACCIS, a Latin American Association of Credit Bureaus (ALACRED) e a Associação da Indústria de Informação Empresarial (BIIA), para a Ásia-Pacífico e Oriente Médio.
A ANBC defende a sustentabilidade do crédito, por meio de um ecossistema baseado em informação qualificada, inovação tecnológica e responsabilidade regulatória, capaz de ampliar a inclusão financeira. “É fundamental que o Brasil esteja presente nessas discussões para trocar conhecimento, alavancar as boas práticas brasileiras globalmente e alimentar o país com bons exemplos internacionais, especialmente em um momento em que as novas regulações e tecnologias estão redesenhando os caminhos do crédito no mundo inteiro”, conclui Sfeir.
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