economic growth

The role of credit in economic growth

Share:

Follow on Google News

 
 

O crédito é um poderoso indutor do desenvolvimento econômico de uma nação. É por meio do crédito que empresas e empreendedores conseguem capital para expandir seus negócios, desenvolver novos produtos e serviços e investir em tecnologia e inovação.

O crédito também é uma ferramenta poderosa para os governos em busca de recursos para viabilizar projetos de infraestrutura que podem melhorar a vida das pessoas – saneamento, obras viárias e transporte público, por exemplo – e também financiar pesquisa e desenvolvimento, que podem resultar na criação de novas indústrias, novos produtos e serviços, mais empregos e impulso ao crescimento econômico.

O crédito também facilita o comércio internacional, fornecendo financiamento para a produção de bens exportáveis e para a importação de bens de outros países. Ao impulsionar exportações, o crédito ajuda a gerar divisas em moeda forte.

Além disso, o crédito pode ajudar a reduzir a desigualdade social, fornecendo às pessoas o capital necessário para iniciar negócios, investir em educação e também participar do mercado de consumo, comprando produtos e serviços aos quais, com o crédito, passam a ter acesso. Mais ainda, quando as pessoas tomam crédito de forma responsável e justa, elas têm mais possibilidades de melhorar suas vidas e as de suas comunidades, o que pode ter um impacto positivo no desenvolvimento econômico a longo prazo.

E o que podemos dizer sobre o tamanho do mercado de crédito brasileiro?

Data from Central Bank of Brazil mostram que o saldo de crédito no país é da ordem de R$ 6 trilhões. Esse número representa o saldo, vencido ou a vencer, das operações de empréstimos e financiamentos realizadas por meio do Sistema Financeiro Nacional. Ao longo dos últimos anos, esse saldo registrou crescimento expressivo, sobretudo durante a pandemia.

Para colocar em perspectiva o que significa o volume de operações de crédito, vale comparar essa cifra com o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. De acordo com o Banco Central, o saldo de crédito representa cerca de 53% do PIB.

O cálculo do crédito como proporção do PIB indica a importância do crédito relativamente ao tamanho da economia, permitindo comparações entre países. A razão crédito/PIB é um indicador importante da saúde financeira de uma economia. Em economias nas quais o crédito é ditado pelo mercado, se a relação for elevada, ela demonstra a maturidade da disciplina do crédito no processo de avaliação, na competição e na segurança jurídica das garantias. Se muito baixa, indica espaço para evolução do mercado de crédito, beneficiando a economia e o bem-estar social.

Olhando a história recente e os números internacionais, há duas conclusões evidentes. O mercado brasileiro de crédito cresceu bastante nos últimos 20 anos e há muito espaço para expansão. Basta ver que, no início dos anos 2000, o saldo das operações de crédito representava aproximadamente 25% do PIB. Ao longo daquela década, esse percentual cresceu, ultrapassando a marca dos 50% pela primeira vez em 2013. Na década seguinte, o saldo de crédito recuaria em razão da recessão dos anos 2014-2016, recuperando-se anos depois. Entre altos e baixos, o crédito como proporção do PIB mais do que dobrou no país desde o início dos anos 2000.

Resta saber se há espaço para crescimento. No momento, as estimativas de crescimento do crédito estão bem acima das estimativas de crescimento do PIB, o que aponta para um avanço da relação entre essas variáveis. Essa expectativa está alinhada com uma série de medidas transformadoras, encorajadas e apoiadas pelo setor de birôs de crédito, que têm colaborado para a construção de um ambiente regulatório favorável à gestão do crédito.

Está provado que o desenho de boas regras importa, como testemunham as mudanças institucionais que favoreceram o avanço do crédito nas últimas décadas. Basta ver, por exemplo, o papel do Cadastro Positivo (CP) nos últimos anos e sua contribuição para a redução dos spreads bancários e a inclusão financeira dos invisíveis para crédito.

Essa medida e inúmeras outras, como o incentivo à concorrência no mercado bancário e as ações de educação financeira, são mais do que estímulos passageiros: são mudanças estruturais com potencial de fazer o mercado de crédito crescer em bases sustentáveis e de colocar o país mais próximo da média internacional.

 

Thanks for reading! Access other content at ANBC website.

 

elias sfeir

 

By: Elias Sfeir President of ANBC & Member of the Climate Council of the City of São Paulo & Certified Advisor

 

 

You might like it:

De-banking
Debanking, informality and credit

Follow on Google News In the last article, we looked at the most...

Positive data
The new Positive Registry has been approved. What's next?

Follow on Google News As you all know, the new Cadastro Positivo model...