Fonte: https://revistane.com.br/
O período junino aquece a economia do Nordeste todos os anos, com impacto direto em setores como comércio, turismo e serviços. Em 2024, segundo o Ministério do Turismo, as festas tradicionais movimentaram mais de R$ 1 bilhão na região, um desempenho impulsionado também pela expansão do crédito.
Dados recentes apontam que o volume de crédito no Nordeste cresceu 13,5% no último ano, acima da média nacional de 11,5%. Estados como Piauí (16,1%), Bahia (14,7%) e Alagoas (14,3%) lideraram esse avanço, evidenciando um maior acesso a financiamentos por parte de famílias e empreendedores locais.
No entanto, diante de uma projeção de desaceleração do PIB brasileiro e das economias locais, o presidente da Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC), Elias Sfeir, alerta para a necessidade de equilíbrio no uso desses recursos.
“O crédito é fundamental para alavancar a economia, mas deve ser usado com planejamento, especialmente em períodos festivos. As tradições juninas movimentam milhões e sabemos que o crédito pode ser uma oportunidade de alavancar negócios ou mesmo de cobrir uma necessidade pontual dos indivíduos, visto que famílias e empreendedores evitam comprometer suas finanças com dívidas de longo prazo e que comprometam mais de 30% da receita”, afirma.
Com um saldo de crédito de cerca de R$ 1 trilhão na região, a sustentabilidade financeira depende tanto da oferta responsável por parte das instituições quanto da conscientização dos consumidores. Dados do mapa de inadimplência do setor de birôs de crédito reforçam a importância desse equilíbrio, mostrando que o acesso ao crédito deve ser acompanhado de educação financeira.
“O consumo consciente durante o período junino é sempre a melhor escolha. A recomendação é que as famílias priorizem gastos dentro de suas reais necessidades, considerem suas possibilidades econômicas, comparem taxas antes de contratar empréstimos e evitem crédito rotativo para despesas não essenciais. A festa junina pode ser aproveitada sem comprometer a saúde financeira da população”, finaliza Sfeir.
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