fiscalidad

¿Por qué los impagos y la fiscalidad afectan al diferencial bancario?

Comparte:

Seguir en Google News

Hoje temos cerca de 62 milhões de brasileiros inadimplentes, o equivalente a uma Itália. A inadimplência é o não pagamento de uma conta ou dívida. O consumidor inadimplente está, portanto, com uma obrigação financeira em aberto. A crise econômica dos últimos anos aumentou consideravelmente o desemprego, prejudicando as famílias brasileiras. Quase 13 milhões de pessoas estão sem emprego.

Trata-se de um contexto arriscado para as instituições financeiras, que precisam levar em conta a alta probabilidade de não pagamento do empréstimo ou do financiamento. O que elas fazem então? Precificam a perda, adicionando à taxa de juros a previsão de perda com a inadimplência.

Esse fenômeno ocorre porque o mercado tem acesso apenas às contas não pagas pelas pessoas. Ou seja, visualizam somente o cadastro de negativados, podendo então precificar apenas a inadimplência sem considerar o comportamento das obrigações pagas. Daí a importância do Cadastro Positivo que atinja todas as pessoas, possibilitando ao consumidor mostrar seu histórico de pagamentos para as instituições financeiras. Ele pode demonstrar que paga suas contas em dia e que possui dessa forma comportamento merecedor de taxas menores de empréstimo e de financiamento.

Ainda segundo o Banco Central, a partir de análise feita entre 2015 e 2017, 60% do spread bancário se deve à inadimplência e aos impostos cobrados sobre a intermediação financeira. São diversos os tributos que incidem como IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), IRPJ (Imposto de Renda – Pessoa Jurídica), CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e PIS/COFINS. No Brasil, de acordo com pesquisa da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o impacto da carga tributária no spread bancário, que está hoje em 45%, é maior do que qualquer país do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, é de 35%. Já na Rússia, na Turquia e no Reino Unido, o impacto é de 20%.

Não podemos nos esquecer do depósito compulsório, que também eleva o spread bancário. Antes de falar sobre ele, uma rápida explicação. Quando um correntista faz depósito à vista, a prazo ou põe dinheiro na poupança, o banco é obrigado a provisionar parte desse valor em uma conta no Banco Central. Esses recursos não podem ser usados no dia a dia da instituição financeira. O banco não terá lucro com esse dinheiro, já que não poderá emprestá-lo ou empregá-lo em qualquer tipo de operação.

Quais são os objetivos do compulsório? São dois basicamente. O primeiro é garantir a liquidez do sistema bancário. O compulsório é uma margem de segurança para momentos de instabilidade como a falência de um banco, o que pode provocar comportamento de pânico no correntista no sentido de retirar o dinheiro aplicado. O segundo é atuar como instrumento de política monetária. O Banco Central aumenta ou diminui o compulsório de acordo com seu desejo de retirar ou de injetar dinheiro na economia brasileira.

No primeiro semestre deste ano, o BC diminuiu, para o dinheiro depositado em conta corrente, o compulsório de 40% para 25% em uma tentativa de injetar dinheiro na economia. Esse movimento faz todo sentido, pois, como exposto, vivemos momentos turbulentos na economia. O objetivo foi estimular os bancos a emprestar mais e a diminuir as taxas de juro cobradas das empresas e dos consumidores nas operações de crédito. O BC também reduziu o compulsório da poupança de 21% para 20%.

Ainda assim, apesar dessas diminuições, o Brasil tem as mais altas alíquotas nominais de depósitos compulsórios, de acordo com pesquisa apresentada pela Febraban. O volume recolhido pelo BC é de 6,4% dos ativos totais dos bancos, muito acima da mediana de 1,9% apresentada pelos países pesquisados. No depósito em conta corrente, por exemplo, o segundo lugar é ocupado pela Turquia, que possui menos da metade dos 25% apresentados atualmente pelo Brasil. Já no compulsório da ahorro, a Coreia do Sul ocupa a segunda posição com uma porcentagem muito menor do que a brasileira.

 

Gracias por leernos. Acceda a otros contenidos en Página web de ANBC.

 

elias sfeir

 

Por: Elias Sfeir Presidente de ANBC & Miembro del Consejo Climático de la Ciudad de São Paulo & Concejal Certificado

 

 

Puede que te guste:

visibilidad del crédito
Cómo influye la visibilidad del crédito en la economía y la sociedad

Siga no Google Notícias As dificuldades  de acesso ao crédito afetam os grupos...

mercado crediticio
2019 fue un año de importantes cambios para el mercado de crédito

Siga no Google Notícias Dezembro é um mês tradicionalmente dedicado à reflexão. Ao...