crédito cresce no centro oeste

Crédito cresce no Centro-Oeste com destaque para Goiás e MS, mas inadimplência ainda preocupa

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Região mostra forte dinamismo no mercado de crédito em 2025; DF lidera índice de inadimplência entre consumidores

A região Centro-Oeste segue em ritmo acelerado na concessão de crédito, conforme dados do Banco Central referentes a maio de 2025, com crescimento generalizado tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. O saldo total de crédito cresceu 11,2% para pessoas físicas (PF) e 8,6% para empresas (PJ), em relação ao mesmo período do ano anterior. Para efeito de comparação, a média nacional foi de 12,3% (PF) e 10,9% (PJ).

Entre os estados, Goiás se destacou com o maior crescimento no crédito para consumidores, com avanço de 12,08%, seguido de Mato Grosso (11,61%) e Mato Grosso do Sul (11,50%). Já na Pessoa Jurídica (PJ), o destaque ficou com Mato Grosso do Sul, que registrou impressionantes 15,97% de aumento no crédito às empresas – bem acima da média regional.

Apesar do cenário favorável na concessão de crédito, os dados de inadimplência do setor de birôs de crédito mostram um alerta importante: a população endividada ainda representa uma parcela significativa nos estados da região. O Distrito Federal lidera esse ranking, com 60,66% da população negativada. Em seguida, aparecem Mato Grosso do Sul (55,16%), Mato Grosso (50,01%) e Goiás (45,03%). Em comparação, o índice nacional de inadimplência entre pessoas físicas está em torno de 47%, enquanto entre empresas gira em torno de 32%.

O panorama revela um paradoxo: ao mesmo tempo que o crédito se expande, uma parcela significativa da população continua enfrentando dificuldades financeiras. O crescimento da oferta de crédito, aliado a uma recuperação econômica, tem impulsionado o consumo e os investimentos. No entanto, a elevada inadimplência reforça a necessidade de ações mais intensas de educação financeira e concessão responsável de crédito.

 

“A educação financeira é um pilar essencial para a sustentabilidade do mercado de crédito. O acesso ao crédito precisa vir acompanhado de conhecimento e planejamento para evitar o superendividamento. É preciso diferenciar crédito de receita, estimular hábitos saudáveis de consumo e orientar a população sobre como usar o crédito de forma consciente e estratégica”, afirma Elias Sfeir, presidente Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC).

 

O cenário do Centro-Oeste em 2025 ilustra bem os desafios do mercado financeiro: equilibrar o estímulo com a sustentabilidade do crédito, garantindo que o crescimento seja acompanhado de maior saúde financeira para quem toma e quem oferece crédito.

 

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