Fuente: https://correiodamanhadf.com.br/ | Por Thamiris de Azevedo
Especialista alerta sobre necessidade de uma reeducação financeira
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, na última quinta-feira, uma pesquisa que aponta a menor taxa de desemprego no Brasil, com 5,8% de desocupação.
No Distrito Federal, a taxa de desempregados no primeiro trimestre de 2025 corresponde a 9,1%.
A boa empregabilidade no DF, no entanto, esconde um outro problema. Levantamento do Serasa mostra que o endividamento continua elevado. Dados revelam que 61,01% da população do DF está com dívida ativa.
Em entrevista ap Correio da Manhã, o presidente da Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC), Elias Sfeir, avalia que a situação é um alerta e indica a importância de estratégias integradas para fortalecer a saúde financeira da população do DF.
“O cenário atual mostra que, embora o desemprego tenha recuado, muitos cidadãos ainda enfrentam dificuldades para reoganizar seus compromissos financeiros. A economia local tem características muito particulares.
O Distrito Federal possui um dos maiores custos de vida do país e uma alta concentração de servidores públicos, o que impacta diretamente o comportamento de consumo e crédito”, relata.
O especialista também aponta que, com a inflação é comum que a população recorra a créditos e pendência ao poder público.
“A alta taxa de inscrição em dívida ativa é um reflexo direto desse contexto. Ela envolve, muitas vezes, tributos locais, taxas e outros compromissos que acabam sendo postergados”, explica.
“A boa notícia é que há caminhos para reverter essa situação: programas de renegociação mais acessíveis e ações de orientação financeira”, ressalta.